16.7.17

RESENHA: LIVRO TUDO E TODAS AS COISAS

Desde que eu vi o trailer do filme Tudo e todas as coisas me apaixonei e fiquei morrendo de vontade de ler o livro. Este acabou se tornando, com certeza uma das melhores leituras de 2017. A música que acompanhou o trailer também roubou meu coração, se eu fosse você, rolaria até o fim deste mesmo post e daria uma play no vídeo para ouvi-la enquanto lê a resenha!


O LIVRO





“A doença que eu tenho é rara e famosa. Basicamente, sou alérgica ao mundo. Não saio de casa. Não saí uma vez sequer em 17 anos. As únicas pessoas que eu vejo são minha mãe e minha enfermeira, Carla. Então, um dia, um caminhão de mudança para na frente ¬da ¬casa ao lado. Eu olho pela janela e o vejo. Ele é alto, magro e está todo de preto: blusa, calça jeans, tênis e um gorro que cobre o cabelo. Ele percebe que eu estou olhando e me encara. Seu nome é Olly. Talvez não seja possível prever tudo, mas algumas coisas, sim. Por exemplo, vou me apaixonar por Olly. Isso é certo. E é quase certo que isso vai provocar uma catástrofe.”

Tudo e todas as coisas conta a história de Madeline Whittier, uma garota de 17 anos que, quando era mais nova foi diagnosticada com um tipo de doença muito rara, uma espécie de alergia de quase tudo, que a impedia de viver o mundo fora do conforto e segurança de sua própria casa ou bolha, da no mesmo. Tudo que Maddy amava e conhecia não estava fora do seu perímetro de segurança tipo a sua mãe, enfermeira e livros, porém, um dia, enquanto a garota acompanhava pela janela a mudança de seus novos vizinhos, ela avistou Olly, o garoto por quem se apaixonaria posteriormente.

No começo as conversas por emails e as mímicas através da janela eram o suficiente para Maddy e Olly mas com o tempo a garota foi querendo mais e mais colocando sua saúde e confiança da mãe à prova e abrindo espaço para questionamentos sobre sua vida e as aventuras que poderia viver se não fosse limitada por esta.


“Como poderei viver o resto da minha vida nesta bolsa agora que sei o que estou perdendo?”


Quando me deparei com o livro e a sinopse pela primeira vez e me dei conta de que falava sobre uma garota doente que vivia trancada em sua casa eu logo perdi o entusiamo para lê-lo. Achei que pelo fato da doença e do isolamento da personagem a leitura fosse ser pesada e angustiante mas, felizmente, me enganei. No decorrer da leitura fui percebendo que não era bem assim, o tema por si só pode até carregar esse peso que imaginamos mas a narrativa da autora o torna leve e gostoso de se ler. O livro é narrado em primeira pessoa sob a perspectiva da personagem principal, Madeline, os capítulos são curtos mas isso não o torna menos fluente ou algo do tipo. As páginas de listas, desafios, notas pessoais, resenhas literárias e ilustrações contribuem para o toque dinâmico que a autora propõe à historia. 

Os personagens são outro ponto positivo sobre o livro, cada qual possui um papel que colabora com o desenrolar da história. Acho que o Olly foi o meu personagem favorito mesmo passando bem perto do clichê. Achei ele muito engraçado - principalmente em uma situação que envolve um bolo com um nome esquisito que não me lembro- o que compensa a parte de ser clichê. E a Maddy é maravilhosa também, porque tipo ela era alguém que só vivia dentro da própria casa, não conhecia nada além daquilo e se contentava apenas com isso mas no decorrer da história ela percebe que existe muito, muito mais do que ela conhece e se vê na obrigação de sair da sua zona de conforto, abrir os horizontes e "viver a vida de verdade" mesmo que isso implique em uma crise ou ataque enquanto ela estiver fora de casa. Maddy não é, mas vai se tornando, do inicio do livro até o fim, uma personagem forte e corajosa que enfrenta seus medos e os desafia e isso é incrível.







"Lá dentro está tudo o que ela conhece, e lá fora tudo o que deseja."

Talvez o objetivo da autora fosse nos propor essa reflexão. Muitas vezes a gente se encontra limitado na nossa zona de conforto, por algum motivo, presos sem sair para dar uma volta e descobrir novas coisas, novos sentimentos, novas sensações que devem ser exploradas e vividas. Ela quer que ampliamos nossos horizonte, que percebemos que existe muito mais do que isso que conhecemos e estamos acostumados. Ela quer que percebemos que não vale a pena viver trancafiado na nossa própria bolha, não podemos perder todas as aventuras que  mundo tem a oferecer. Já que é pra viver, que seja uma vida completa.






Acompanhar a história é uma delícia, principalmente as partes de aventura onde eles exploram novos territórios. É aquele momento que você le bem devagarzinho para não acabar tão rápido.

Acho que o único ponto negativo em toda a historia foi em como ela termina. Não que o fim tenha decepcionado, longe disso, só acho que um epílogo seria muito bem vindo.




A EDIÇÃO




Tudo e todas as coisas é um livro lindo, tanto por dentro quanto por fora. A ilustração combina perfeitamente com a proposta do livro e elas foram feitas pelo próprio marido da autora Nicola Yoon.












Bom, espero que tenha ajudado você de alguma forma. Obrigada por ler até aqui! <3

2 comentários:

  1. Oie
    Ainda não li esse livro.Também fiquei com essa impressão de livro pesado quando soube que ela é alergica e vivia trancafiada.
    Mudei de ideia quando li "O sol também é uma estrela",também da Nicola.(Ja leu?É maravilhoso!)
    Agora estou com esse na lista para ler.
    Beijão

    Meu mundinho quase perfeito

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    Respostas
    1. Oiii!
      Pois é acho que todo mundo pensa assim né? Kkkkkkk Ainda não li mas ja esta na minha lista 😂😂😂😂 obrigada

      Beijossssss

      Ps: seu blog é um dos meus preferidos ☺️

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