9.9.17

ATIPYCAL RESENHA


Poucas coisas nessa vida me fascinam, posso dizer que entre as que mais fazem isso o céu noturno, a segunda guerra mundial e o autismo são 3 das mais persistentes, e essa série, Atipycal, se refere ao último. Não sei porque, mas acho que é a maneira diferente e complexa que o cérebro dessas pessoas funcionam. Sei que muitos as veem como doentes e por isso acabam se afastando mas eu vejo isso com outros olhos, são só pessoas normais com algumas característica e habilidades peculiares e incríveis. Elas são exatamente do mesmo jeito que as pessoas devem ser, diferentes.



Bom, eu gostaria de começar dizendo que não sou uma pessoa que acompanha totalmente 100% o mundo das series e filmes, portanto eu não sou capaz de comentar sobre os pontos mais técnicos da obra sobre produção entre outras coisas. Pois então você deve estar pensando por que eu estou escrevendo essa resenha? E eu vou lhe responder o seguinte: Porque essa série é muito boa para guarda-la só para mim!

Neste post eu vou estar abordando principalmente sobre o conteúdo da série que é o grande destaque de tudo. Em Atypical somos apresentados ao Sam, um garoto de 18 anos que possui alguns traços do Autismo e que após uma das sessões com a sua terapeuta, Julia, começa uma saga em busca de uma namorada e consequentemente uma vida social. Basicamente a serie gira em torno do Sam tentendo descobrir o que é o amor e como ter uma namorada. Acompanhamos o personagem em todos as fases que o guiam até seu objetivo final e devo admitir que esse caminho é o que torna a série mais divertida.

Como o mecionado anteriormente, Sam possui alguns traços de Autismo e por isso possui algumas dificuldades ao se falar sobre interação social. Para ele perceber as emoções através das expressões faciais das pessoas é muito difícil, e em decorrência disso e outros fatores a sua jornada se torna mais complicada e de certo modo até cômica porque no fundo, no fundo o além de promover um espaço para incluir o debate sobre o autismo, a série busca divertir o espectador.

Sam é um ótimo entendedor de Biologia e tem uma
obcessãozinha por pinguins e pela Antártica.

A cada episódio que se passa você se pega cada vez mais simpatizado com o Sam a sua visão de mundo é tão diferente, alternativa e as vezes ao pé da letra. Esse último contribui com a vertente cômica da serie. Além do Sam, outro personagem que gostei bastante foi o Zahid (amigo de trabalho do garoto) ele é uma das pessoas que estão sempre ali do lado do Sam aconselhando e apoiando. E sério, o Zahid é MUITO ENGRAÇADO hahaha...


Apresento-lhe meus dois personagens favoritos da série:
Sam, de verde e Zahid com camisa de oncinha.

Os outros personagens são também muito importantes para o desenvolvimento e proposta da série. A mãe do Sam é aquela típica mãe coruja que quer ter certeza de que o filho está bem 24 horas por dia
 e que estará bem nas próximas 24 também, ao longo do enredo, após ter que dar mais liberdade para o filho ela acaba se envolvendo em alguns conflitos fora de casa. O pai também podemos dizer que é bem "típico". No inicio ele tinha um certo receio em admitir ter um filho não muito normal, mas no decorrer dos episódios esse sentimento vai se esvaindo. A irmã Casey é a "deixada de lado" da família uma vez que as atenções se concentram no Sam, porém é uma personagem forte e uma das minhas preferidas. Ela foge do clichê, seja quando enfrenta a valentona do colégio por fazer bulliyng com os outros, seja na hora de estar sempre ao lado do irmão.

Não poderia faltar a terceira favorita. Aplausos para Casey.

Uma última consideração que deve ser feita é que a netflix esta acertando em ilustrar essas situações e disponibiliza-las em seu catalogo. Series como Os treze porquês, O mínimo para viver e até mesmo Atipycal, apesar de alguns funcionarem como gatilhos para os que vivem ou viveram tais situações, são muito importantes pois elas levam ao espectador conhecimento sobre o assunto, ela permite conhecer o lado ruim das coisas e, quem sabe, aprender a não julgar e até a lidar melhor com isso. Apesar de fazer muito o uso dos estereótipos em Atipycal, a serie veio para mostrar que o autismo não é coisa de outro mundo e podemos lidar com isso de uma maneira totalmente natural. Afinal, uma pessoa com autismo não precisa ser tratada como criança a vida toda.


Atipycal | 1 temporada | 8 episódios | duração media de cada episódio 35 minutos | Da pra ver em 1 dia

Nenhum comentário:

Postar um comentário